quinta-feira, 8 de outubro de 2009

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

MEC CANCELA ENEM POR SUSPEITA DE FRAUDE

A decisão foi tomada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após ter sido alertado pela reportagem do jornal 'O Estado de S. Paulo' sobre a quebra do sigilo do exame. Um homem, de acordo com a reportagem, tentou vender uma cópia da prova ao jornal por R$ 500 mil. "Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance", afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, por volta da 1 hora da madrugada desta quinta (1), por telefone.

Tentaram vender a prova

Na tarde de ontem o jornal foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil. "Isto aqui é muito sério, derruba o ministério", afirmou o homem.

O encontro no qual o Estado viu trechos da prova aconteceu ontem à noite, na zona oeste de São Paulo. O homem que telefonou para a redação estava acompanhado de outra pessoa. Eles disseram ter recebido o material na segunda-feira, de um funcionário do Inep. Afirmaram que o esquema de fraude tinha cinco pessoas.

Segundo reportagem do jornal 'O Estado de S. Paulo', que afirma ter tido acesso à prova que seria aplicada, pessoas avisaram o jornal sobre o vazamento e contaram ter obtido a prova por meio de funcionários do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), organizador da avaliação.

Nova data do Enem 2009

O MEC estuda remarcar o exame nos próximos 45 dias. Uma segunda versão da avaliação, que já
estaria pronta, pode ser utilizada. Uma entrevista coletiva deve ser realizada ainda nesta manhã, para explicar os novos procedimentos com relação ao Enem.

"Os indícios de que houve furto de exemplares são fortes. Não nos resta outra alternativa a não ser adiá-la [a prova]", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad ao telejornal 'Bom Dia Brasil', da Rede Globo.

Mais de 4 milhões de pessoas se inscreveram para fazer o exame. O número é recorde, segundo o MEC.

O ministro afirmou ainda que os inscritos no exame permanecem inscritos, e sugere que os estudantes utilizem o tempo até a nova data da aplicação da prova em prol do estudo. "Agora é continuar estudando e esperar pela remarcação do Inep", afirmou.

A prova seria realizada no sábado (3) e no domingo (4), em 10.385 escolas diferentes de 1.826 municípios com, ao todo, 113.857 salas de prova.

O Enem 2009 terá uma redação e quatro provas com 45 questões objetivas, dentro das seguintes áreas: ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

Este ano, o inscrito no Enem terá o direito de participar do vestibular unificado do MEC. Ele poderá optar por cinco cursos em instituições federais e, de acordo com o desempenho, simular a posição na graduação pretendida, em comparação com as notas dos demais concorrentes.

Além de substituir o processo seletivo pela prova do MEC, as universidades federais puderam optar ainda por outras três formas de adesão ao Enem 2009. São elas: substituir apenas a primeira fase do vestibular; combinar a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional (nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva); usar o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.

CURSO: Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC

O curso Ensinando e Aprendendo com as TIC, está sendo realizado de forma satisfatória no LEI 02 da Escola Francisco Moreira Filho.

ENEM - 2009- informe

01 de outubro de 2009

Enem adiado - Nota Oficial

O Ministério da Educação informa que as provas do Enem marcadas para este final de semana foram adiadas por motivos de segurança.

O Inep já possui uma segunda prova e deve anunciar a nova data nos próximos dias, depois de reorganizar a logística.

O Ministério da Educação já tomou providências junto ao Ministério da Justiça e a Polícia Federal no sentido de apurar eventuais responsabilidades criminais relativas ao vazamento.

Os estudantes inscritos serão comunicados oportunamente pelos meios habituais da confirmação da nova data e do local das provas.

Em razão do adiamento, o resultado final das provas, inicialmente previsto para o dia 8 de janeiro, deve atrasar em cerca de um mês.

O Ministério da Educação trabalha para minimizar os efeitos do atraso.

Assessoria de Imprensa Inep/MEC

ENEM - 2009

06/10/2009 - 08h11

Polícia Federal investiga furto de mais provas do Enem

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LAURA CAPRIGLIONE
AFONSO BENITES
da Folha de S.Paulo

O grupo que vazou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) furtou ao menos dois exemplares da prova. Mas a Polícia Federal já investiga a possibilidade de outro conjunto de questões também ter sido subtraído antes da prova.

Veja o conteúdo da prova do Enem que vazou
Novo Enem terá apoio dos Correios e da Polícia Federal
Entenda o caso sobre o desvio das provas do Enem

Aumentou o número de suspeitos de envolvimento no vazamento, com a confissão de dois jovens contratados pelo Connasel (Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção, responsável pela produção e aplicação da prova), que admitiram ontem ter retirado exemplares da prova de dentro da gráfica Plural, que imprimia os exames.

Até a conclusão desta edição, cinco pessoas já haviam sido indiciadas: Felipe Pradella (furto, violação de sigilo e extorsão); o dono de pizzaria Luciano Rodrigues e o DJ Gregory Camilo Craid (violação de sigilo, corrupção passiva e estelionato); "Felipe" e "Marcelo", os novos personagens (furto e violação de sigilo).

A polícia investiga agora a participação de uma mulher no furto de uma terceira prova.
Ontem, a PF interrogou Felipe Pradella, o "organizador de caixas" contratado pela Connasel, fotografado quando tentava vender, por R$ 500 mil, um exemplar da prova para jornalistas de "O Estado de S. Paulo", que noticiou o vazamento.

Pradella negou que tenha furtado a prova. Segundo sua advogada, ele confessou ter recebido a prova das mãos de um amigo que prestava serviços dentro da gráfica. Pradella admitiu que tentou vender a prova aos jornalistas.

Por indicação de Pradella, a polícia chegou ao nome de um dos rapazes que teria furtado o exame. Este, por sua vez, denunciou o terceiro nome, que também trabalhava dentro da gráfica. "Felipe" e "Marcelo" tornaram-se, assim, suspeitos de coautoria no crime de furto.

Na cueca

PUBLIFOLHA/PUBLIFOLHA

Os dois jovens disseram que uma das provas foi retirada pelo próprio Felipe Pradella de uma caixa e, em seguida, escondida na roupa de um deles, que assim a retirou da gráfica.

O terceiro funcionário do Connasel envolvido no vazamento assumiu que escondeu uma prova dentro da cueca e saiu com ela da gráfica.

Ontem, esses dois novos personagens, vestidos com jeans e camiseta, se apresentaram na sede da PF de São Paulo.

A Plural foi contratada pelo Connasel para imprimir e fazer o acabamento de 9,4 milhões de provas (4,7 milhões por dia de exame). Os trabalhos de divisão das provas por escolas e salas de aula, de colocação de lacres, de logística de distribuição, de transporte e de segurança couberam a outras empresas, que foram contratadas pelo consórcio para o exercício dessas funções específicas.

DVD

A Plural entregou ontem à PF 136 cópias de DVDs com imagens captadas nos 36 dias que durou o trabalho na gráfica.

"Felipe" e "Marcelo", que haviam sido contratados pelo consórcio para fazer a separação e o ensacamento das provas, apontaram nas imagens o local e momento em que consumaram o furto. Já se sabe que uma das provas foi retirada da gráfica por volta das 3h do dia 21 de setembro. A outra prova foi desviada na madrugada do dia seguinte.

A advogada Claudete Pinheiro da Silva, defensora de Felipe Pradella, disse que a gráfica não era um ambiente seguro para impressão das provas do Enem.

"A polícia já viu a fragilidade dos serviços prestados. Segundo comentários de um delegado federal, esse lugar era uma festa", disse a advogada, após acompanhar o depoimento de seu cliente por sete horas.

Conforme Claudete, nenhum funcionário era revistado nem na entrada nem na saída da gráfica e as imagens dos DVDs que já estão com a polícia mostram que "muitas pessoas tinham acesso às provas".

Segundo o diretor-geral da Plural, Carlos Jacomine, a partir do dia 20, uma área foi reservada na gráfica a pedido do consórcio para que as provas fossem embaladas. Toda a administração desse espaço e o controle de acesso eram feitos por seguranças do Connasel.

Ainda de acordo com a advogada, o interesse de Pradella e do DJ Gregory era obter dinheiro com a venda de um "furo" jornalístico. Gregory pediu ao dono de pizzaria Luciano Rodrigues, de quem é amigo, para indicar jornalistas que se interessassem pela prova.

"Felipe Pradella não tinha noção de que vender esse tipo de matéria era um crime", declarou a advogada. "Se ele quisesse vender a prova, teria procurado os interessados nela, e não a imprensa", acrescentou.